Riscos e Oportunidades: Relatório Mensal do Legacy Capital - Junho 2024
Tudo o que você precisa saber sobre o desempenho do fundo Legacy Capital em junho de 2024.
Vitor Mathias, CFP
7/3/20242 min ler
Carta do Gestor - Legacy Capital
Visão de Cenário do Gestor - junho 24
Cenário Macroeconômico:
Em junho, o índice S&P 500 continuou a subir, impulsionado principalmente por ações relacionadas à inteligência artificial e tecnologia. O dólar americano retomou sua valorização em relação à maioria das moedas, enquanto as commodities, com exceção do petróleo, apresentaram queda de preços. Os juros dos títulos americanos diminuíram, e os ativos de mercados emergentes, incluindo o Brasil, não tiveram um bom desempenho.
Nos EUA, sinais de desaceleração do mercado de trabalho, com menos vagas e mais pedidos de seguro-desemprego, indicam um crescimento mais lento no segundo trimestre. A inflação desacelerou em maio e deve continuar em junho, aumentando a possibilidade de redução dos juros pelo FED em setembro. Na Europa, o ECB iniciou cortes de juros apesar da inflação ainda elevada.
No Brasil, a atividade econômica se manteve firme com um mercado de trabalho forte e crescimento da massa salarial. O mercado de crédito também mostrou recuperação. O gestor projeta um PIB de 2,0% para 2024, com possibilidade de revisão para cima, dependendo da recuperação mais rápida que o esperado.
Atribuições de Performance
Desempenho Recente:
O fundo apresentou um retorno de -0,29% em junho e 3,55% nos últimos 12 meses. As principais fontes de perda foram as posições compradas em ações externas e juros.
Maiores Posições Comentadas
Carteiras de Bolsa Externa:
Posição: Mantida.
Racional: Empresas saudáveis com boas perspectivas de crescimento de lucro.
Desempenho: Desempenho aquém do esperado, mas com boas perspectivas futuras.
Ativos de Bolsa no Brasil:
Posição: Mantida.
Racional: Múltiplos muito comprimidos, ativos bastante descontados.
Desempenho: Expectativa de recuperação, apesar de baixa propensão do governo para novidades positivas no plano fiscal.
Movimentações
Concentração do Portfólio:
Ações e Crédito: Melhor preço e menor risco em comparação a juros e câmbio.
Postura: Neutra, operando o valor relativo entre classes de ativos.
Riscos Mapeados
Inflação e Política Fiscal no Brasil:
Descrição: A depreciação cambial e a desancoragem das expectativas de inflação sugerem uma inflação mais alta no futuro. O crescimento das novas concessões de benefícios sociais, aumentos reais nos salários de funcionários públicos e a valorização do salário mínimo pressionam as despesas obrigatórias e reduzem o espaço para despesas discricionárias, como investimentos.
Mitigação: O Banco Central poderá manter a taxa de juros estável no patamar de 10,5% ao longo do 2º semestre de 2024. No entanto, se as expectativas de inflação continuarem a piorar sem uma resposta concreta de política fiscal, o Banco Central poderá ser obrigado a elevar as taxas de juros.
Considerações Finais
Perspectivas Futuras:
A influência da política deverá ser intensa nos próximos meses, especialmente devido às eleições na França e nos EUA, aumentando a volatilidade dos mercados. No Brasil, a política fiscal continuará sendo um fator crucial. A dinâmica positiva do mercado de trabalho e do crédito deverá sustentar a atividade econômica, mas as incertezas fiscais e a inflação persistente são desafios que o gestor monitorará de perto.
Estratégias Principais:
O gestor continua a investir em ações externas e ativos de bolsa no Brasil, focando em empresas com boas perspectivas de crescimento de lucro e múltiplos comprimidos. Mantém uma postura neutra em relação a juros e câmbio, operando o valor relativo entre classes de ativos, priorizando ações e crédito como as classes com melhor preço e menor risco.